quarta-feira, 9 de maio de 2012


Irmanados da necessidade de se construir políticas publicas de cultura no Estado do Amapá, grupos, companhias, artistas, técnicos e produtores de teatro uniram – se para discutir e construir ferramentas que possibilitem a fomentação da cultura e das artes no extremo norte do Brasil. Tal articulação resultou na criação do Coletivo de Artistas, Produtores e Técnicos em Teatro do Estado do Amapá – CAPTTA, o maior conglomerado do fazer teatral em nosso estado na atualidade, e que hoje, legitimado por 25 (vinte e cinco) grupo e companhias de todo o estado, em três anos de existência vem se consolidando como o principal instrumento de luta e discussão acerca da cena teatral tucujú.
O presente reconhecimento, é fruto de ações comprometidas com a emancipação cultural desta terra, com a socialização dos bens, produtos e serviços culturais aqui produzidos e com a formação de platéia. Características facilmente visualizadas nas ações desenvolvidas pelo coletivo, onde o foco principal das ações empreendidas, é a comunidade de um modo geral. Assim sendo, uma das frentes mais evidentes do CAPTTA, é a de teatro de rua, por entendermos que o fazer artístico na contemporaneidade transcende as barreiras da estética, transita com desenvoltura pelo social, ganha a conotação de veículo de comunicação e aponta para a necessidade de consolidação de uma arte verdadeiramente publica.
Em nossa curta, porém, promissora história, realizamos duas mostras de teatro de rua, denominada CAPTTAÇÃO – Mostra Livre de Teatro de Rua, tendo na primeira edição 18 espetáculos e publico estimado em 6.500 (seis mil e quinhentos) espectadores, e na segunda edição contando com 12 espetáculos e publico superior a 5.000 (cinco mil) espectadores. Mantemos ainda além de apoio direto à realização de temporadas populares, um ciclo permanente de socialização do conhecimento em teatro, que contemplou diretamente cerca de 400 (quatrocentos) artistas e técnicos filiados ou não ao coletivo.
Atualmente trabalhamos um programa de exportação da produção Made in Amapá, a exemplo de nossas participações em projetos e festivais importantes em nível nacional, como: Festival Amazônia Encena na Rua e Circuito SESC – Amazônia das Artes, e para que o mesmo se evidencie de fato, estamos vinculados aos principais movimentos de discussão do cenário teatral brasileiro, como: Rede Brasileira de Teatro de Rua – RBTR, Rede Nacional de Teatro Infantil – RENATIN e Palco Fora do Eixo – PFE.
Coordenamos a primeira circulação pela região norte do PFE, que contou com o espetáculo O Velho Lobo do Mar da Trip Teatro de Animação de Santa Catarina. Na ocasião foram realizadas apresentações, oficinas e vivências com os grupos e artistas locais, exercitando não somente o regime de criação compartilhada, como também o de produção e gestão compartilhada de projetos, eventos e empreendimentos culturais.
          Em parceria com a Destemperados Teatro e Cinema do Rio Grande do Sul, realizamos o projeto Curto Circuito, um pacote de 04 (quatro) oficinas práticas de acrobacia aérea em tecido, improvisação teatral, iluminação cênica para iniciantes e produção cultural, que contemplou diretamente 120 (cento e vinte) artístas amapaenses.